“Artesanato e Inclusão: Mãos que Transformam Vidas” foi o tema de uma tertúlia realizada ontem, no Auditório dos Paços do Concelho.
A iniciativa decorreu no âmbito do Projeto CLDS 5G, uma parceria entre o Município de Barcelos, o Centro Social, Cultural e Recreativo Abel Varzim (CSCRAV), o Centro Social da Paróquia de Arcozelo (CSPA) e a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Barcelos. A tertúlia teve como objetivo partilhar, refletir e experienciar o papel do artesanato como ferramenta de inclusão e transformação social. Assinalou, ainda, o culminar de um conjunto de atividades dedicadas à olaria, aos chapéus de palha, à pintura e à tecelagem, com o propósito de partilhar e preservar saberes ancestrais, valorizar o artesanato do concelho de Barcelos e promover a inclusão social.
Ao longo das iniciativas, o artesanato foi uma poderosa ferramenta de capacitação, expressão criativa e transformação social, criando oportunidades de desenvolvimento pessoal e comunitário para pessoas em situação de vulnerabilidade.
A sessão iniciou com a atuação do Grupo de Cantares de Cambeses, seguindo-se a cerimónia de abertura com as intervenções do vereador António Ribeiro, da diretora-geral adjunta do Centro Social, Cultural e Recreativo Abel Varzim, Daniela Miranda, do presidente da direção do Centro Social da Paróquia de Arcozelo, Padre Marco Gil, de uma representante da Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Barcelos, Clarisse Duarte, e do diretor do Centro Distrital de Braga do Instituto da Segurança Social, João Ferreira.
Após saudar todos os presentes, António Ribeiro salientou a importância desta sessão: “este tema diz-nos muito. O artesanato é muito mais do que uma atividade manual, é promotor do bem-estar mental, vai muito além da tradição e contribui como exercício para a saúde mental. Este tipo de sessões é muito gratificante, pois tem como propósito destacar o poder transformador da arte, contribuindo para a redução do estigma associado à saúde mental e promovendo a inclusão social”.
Já João Ferreira, diretor do Centro Distrital de Braga, salientou a importância do artesanato como condutor de transformação social. “Parabenizo a Câmara Municipal por fazer estas ações que contribuem para a promoção e desenvolvimento social e comunitário e que fortalecem as redes de apoio local. O artesanato leva-nos à inclusão, pois é um estímulo para lidarmos com os desafios que nos deparamos no dia a dia”.
Ao longo da tarde, o programa desta tertúlia contou ainda com um painel subordinado ao tema “Inclusão pela Arte”, moderado por João Silva, diretor do departamento de Educação, Ação Social e Saúde do Município de Barcelos, e com as intervenções de Helena Areias, interlocutora para o Projeto CLDS 5G do Instituto da Segurança Social – Centro Distrital de Braga, com o tema “A importância do Projeto CLDS 5G para a Inclusão Social”. Intervieram, ainda, Raquel Portela, professora de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, que abordou a “Arte como meio de superação e transformação pessoal”, e Ana Caridade, presidente da MUSA – Associação Artística e de Intervenção Social, com o tema “Artesanato e Comunidade: Criar Laços e Gerar Valor”.
Após este painel, teve lugar um debate, a que se seguiu a sessão de encerramento, com a intervenção da vereadora da Cultura, Turismo e Artesanato do Município de Barcelos, Maria Elisa Braga.
A fechar a tertúlia, foi ainda possível apreciar a exposição “Mãos que transformam vidas”, patente no Claustro dos Paços do Concelho.
O CLDS 5G é um projeto de inclusão social e combate à pobreza financiado pelo Programa Pessoas 2030, Portugal 2030 e pela União Europeia.