Projetos Concluídos
Projeto Cávado + Igual
O Projeto Cávado + Igual é promovido pela Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM) e tem como parceiros os municípios associados: Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Vila Verde e Terras de Bouro; o CIES-IUL (entidade científica) e o KUN (parceiro internacional).
Centra-se na assunção de um compromisso municipal com a promoção da Igualdade e Conciliação, a criação de um referencial que apresente os níveis de igualdade na ação dos municípios e CIM e a adoção de medidas promotoras de ambientes laborais mais saudáveis, igualitários e conciliadores.
Saiba mais em: www.eeagrants.gov.pt
Projeto Pró-Igualdade no Cávado
Este projeto tem como entidade beneficiária e coordenadora a CIM Cávado e como entidades parceiras não beneficiárias os 6 municípios da NUTS III Cávado e a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, como entidade avaliadora externa.
O seu objetivo passa pela elaboração e implementação dos Diagnósticos e Planos Municipais para a Igualdade e Não Discriminação que permitam diagnosticar, planear, implementar, monitorizar e ajustar medidas com vista à modernização organizacional e territorial promotora de uma efetiva igualdade de tratamento e oportunidades entre homens e mulheres.
É o resultado de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional Temático da Inclusão Social e Emprego – Aviso POISE-01-3422-FSE-000066 – investimento total de 210.000,00 € e cofinanciado a 85 % pelo Fundo Social Europeu.
Projeto “Receção, Acolhimento e Integração de refugiados ucranianos no Concelho de Barcelos” – FAMI n.º 102/2022
O Projeto FAMI 102 tem como principal objetivo a integração da comunidade ucraniana, a coesão social, a igualdade de oportunidades, e a interculturalidade.
Projeto “Sem Fronteiras” – FAMI n.º 103/2022
O FAMI n.º 103/2022 é um projeto de apoio à integração da população migrante que habita no território concelhio.
O projeto operacionaliza-se em quatro ações integradas e complementares: equipa sem fronteiras; informação sem fronteiras, integração sem fronteiras e educação sem fronteiras, cada uma das quais desenvolve programas e ações destinadas às várias necessidades e interesses do público-alvo.
Neste programa multidisciplinar destinado a responder aos mais recentes desafios demográficos e movimentos migratórios, foram desenvolvidas 40 ações, nas quais participaram 458 migrantes pertencentes a nove nacionalidades diferentes.
Intercultural School
O projeto Escolas Interculturais trata-se do projeto anual de 2024 da RPCI – Rede Portuguesa das Cidades Interculturais, CRL, sendo financiado pelo Conselho da Europa (programa Intercultural Cities), e abrange as 18 autarquias desta rede nacional. As cidades de Lisboa, Oeiras e Barcelos e a JF de Paranhos fazem parte do consórcio envolvido na gestão deste projeto.
Este Projeto teve como objetivos:
- Promover iniciativas de sensibilização intercultural em contextos educativos com pessoal municipal, jovens, famílias e crianças
- Fomentar a lente intercultural nos contextos educativos, promovendo oportunidades de aprendizagem para que o pessoal escolar, discentes e parceiros desenvolvam a sua autorreflexão e os seus conhecimentos
- Promover as competências interculturais do pessoal escolar, discentes e parceiros
Atividades
- Promover momentos de partilha de práticas com as cidades da RPCI em torno do trabalho sobre antidiscriminação na educação/escolas
- Promover ações de sensibilização nas escolas com especialistas, formadores e oradores de diversas origens.
- Promover webinars e/ou workshops práticos para pessoal escolar, alunos, pais e parceiros) com especialistas, formadores e oradores de diversas origens.
- Implementar uma campanha de comunicação para partilhar recursos de aprendizagem com artigos e episódios de podcast e publicação correspondente nas páginas das redes sociais da RPCI
- Produzir um Guia de Recomendações e Recursos com aprendizagem e conselhos sobre como promover ambientes escolares interculturais em PRT e ENG
Participantes
Escolas e contextos educativos: Profissionais de educação, profissionais de Serviço Social e parceiros da escola, alunos e famílias (Em Lisboa, Oeiras, Paranhos e Barcelos)
Workshop em Barcelos foi a 1º a 30 de setembro de 2024 – na Escola EB 2, 3 Gonçalo Nunes.
2 Webinars:
1º webinar: Escola Anti -Racismo com a participação da Boa Prática de Barcelos (Testemunho da Escola de Manhente)
2º Webinar: Escola Intercultural
Podcasts: 3 podcasts publicados
Publicações: 3 artigos publicados nas redes sociais
1 guia com recomendações, estudos de casos e recursos de aprendizagem (em PDF, ENG e PRT)
Projeto Mediadores Municipais e Interculturais
O projeto dos/as Mediadores/as Municipais e Interculturais decorreu entre novembro de 2021 e de junho de 2023, com o objetivo de reforçar a inclusão social da comunidade cigana no Município de Barcelos, através de atividades de mediação e sensibilização intercultural, promovidas numa rede interinstitucional intersectorial, com foco na comunidade escolar, capazes de criar pontes entre cidadãos/ãs e instituições, prevenir conflitos e aumentar o sentimento de pertença da comunidade. cigana.
Enquadrado no Objetivo Temático OT9 “Promover a inclusão social e combater a pobreza e qualquer tipo de discriminação”, definiu-se como objetivo geral: Promover a inclusão da Comunidade Cigana no Município da Barcelos, através da criação de uma resposta qualificada de mediação social intercultural, resultando em 3 objetivos específicos:
OE1 – Criar uma equipa de mediação municipal intercultural (EMMI) capaz de garantir um serviço de mediação capacitado para atuar na relação entre cidadãos/ãs e profissionais de diferentes entidades, nomeadamente facilitando o acesso aos serviços e prevenindo possíveis situações de conflitualidade entre atores da sociedade em geral e da comunidade cigana;
OE2 – Criar redes e espaços de diálogo e de relação, promovendo respostas adequadas e a construção de pontes entre atores da sociedade em geral e a comunidade cigana;
OE3 – Favorecer intervenções de proximidade, envolvendo um contacto regular entre e com as comunidades ciganas e atores locais.
Neste sentido foram realizadas cerca de 90 atividades de mediação e de sensibilização intercultural, tais como:
– workshops e sessões de capacitação para os mediadores/as e Técnicos/as – 4 sessões;
– Sessões de sensibilização para Workshops de procura e criação de emprego – 5 sessões;
– sessões de mediação com IEFP e potenciais entidades empregadoras e formadoras – 8 sessões;
– sessões de mediação junto de instituições de saúde – 2 sessões;
– workshop de literacia de saúde – 3 workshops;
– workshops de história e cultura cigana – 5 sessões;
– sessões de mediação para a parentalidade positiva – 5 sessões;
– workshop cidadania intercultural – 2 workshops;
– fóruns de mediação semestral com elementos da rede – 6 encontros.
– sessões semanais lúdico pedagógicas com as crianças em contexto de comunidade em Arcozelo – 40 sessões.
Durante o decorrer do projeto estiveram envolvidas 256 pessoas de etnia cigana, divididas entre os acampamentos de Andorinhas, Arcozelo, Fornelos; Lagoa Negra, Mercadona.
Para avaliação do impacto, foram auscultadas 26 entidades de vários setores (saúde, educação, emprego entre outras) para além da coordenadora de projeto (CMB) e das representantes das entidades parceiras do Centro Social Cultural e Recreativo Abel Varzim e Centro Social da Paroquia de Arcozelo.
Principais resultados:
No geral, todos os auscultados referem que nos últimos 20 meses se verificaram mudanças positivas nas diversas áreas, sendo de realçar:
- Saúde: Menos faltas às consultas, mais acesso a consultas de especialidade e exames de diagnóstico e mais informação geral sobre o que podem beneficiar e como o fazer.
- Educação: Menos absentismo escolar, mais justificação de faltas quando estas ocorrem, mais participação dos pais nas reuniões e nas questões individuais em contexto de escola, mais sensibilidade para a importância da escola.
- Emprego e Formação: Mais acesso a ações de formação e integração no mercado de trabalho. Os mediadores tornaram-se um exemplo para os mais jovens. As mulheres já se permitem mais trabalhar fora de casa e buscar independência financeira.
- Cidadania: Estão mais conscientes dos seus direitos e deveres. A confiança nos mediadores e, consequentemente, nas instituições ajudaram a uma maior compreensão dos procedimentos necessários e da sua importância. Têm a situação documental mais regularizada e atual (por exemplo, senha de acesso ao Portal das Finanças).
- Habitação: As comunidades mostram mais confiança nas instituições acreditando que a curto e médio prazo terão melhores condições.
Para efeitos de avaliação de resultado, foi previamente definido como indicador de sucesso uma avaliação positiva de 80% das entidades envolvidas. Percebemos assim que entre as entidades que responderam 95,5% identificam, no geral, um impacto positivo.
Como reflexões finais foi destacado a continuidade de ações de mediação como estratégia de integração. O tempo de intervenção do projeto Mediadores Municipais Interculturais não é suficiente para desenvolver e consolidar mudanças estruturais visíveis e consistentes.